Acho que desde que fui a Taizé que me habituei a permitir afundar nestes dias da Semana Santa. Saber que juntos, em comunidade, fazemos um caminho de entrega, uma vida de Tudo-por-Tudo, segundo as suas leis, segundo os seus desígnios. Nestes dias autorizo-me a descer ao fundo. A pensar o mais negro, o mais triste. Eu, com toda a comunidade Cristã. Assim sei que vivo na minha carne este Tríduo Pascal. Saber que há a dor, viva, real, assente nos valores em que acreditamos, nos modos que defendemos, em Cristo, em Amor, em Esperança. Saber que, no fim, há o Perdão Completo, maior que a nossa compreensão. Saber que não caímos sem fim. Saber que não caímos fundo, para sempre. Que estamos Com Ele. Fazer como (quero crer) Ele nos pediu: permitir que Ele seja concreto para nós. Que este Jesus que luta pela sua "imagem" de fiel ao Pai e à Vida Gloriosa que conhece, ilumine os nossos dias. Que este Jesus, que desce e que sobe, com a Cruz, com a multidão que grita, com o...