Escreveste tanto tempo sobre. Escreveste tantas vezes sobre. Que agora não reconheces, não lembras, não saúdas o que foi o princípio da frase, do tempo, da vez. Ligações. Relações puras, sem significado intrincado, vazias do enchimento vago que são as palavras. Concentra-te nisso. Concentra-te no amor que conheces e que reconheces de ti própria e para ti própria. Concentra-te na vida resplandescente que conduzes. És glória, por ti. Não te acanhas com o esforço sem fim à vista, nem com a ardileza de carregar os demais que procurem. Tu és. Contigo. As relações, as ligações não te existem. Existem-se, por si só, sem o teu esforço. Existem fora de ti, num outro contexto, como se num outro mundo. Conheces a vida, conheces o difícil, conheces o passar do tempo que não passa ou que não pára. Conhece-lo e reconhece-lo. Porque sofres tu, tanto, ainda, com isso? Tu és tu, conheces-te como independente de tudo isso. O tempo, a vida, a experiência completa, preenche, mas não define. A não ser que ...